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Curva de crescimento - síndrome de Down

Viviane do Lago Nakazato

Crianças com síndrome de Down apresentam problemas de saúde que comprometem a qualidade de vida, como cardiopatias congênitas, hipotireoidismo, distúrbios gastrointestinais e apneia obstrutiva do sono, além de restrição no crescimento e excesso de peso. Por causa dessas questões de saúde, segundo os pesquisadores da Unicamp, é importante que pais e médicos disponham de referências de crescimento e desenvolvimento mais próximas às da realidade de crianças e adolescentes brasileiros com Down.

É comum que essas crianças e esses adolescentes precisem lidar com distúrbios associados ao excesso de peso, resultado de condições clínicas próprias de quem tem a síndrome, mas também da falta de tabelas de referência de peso e altura adequadas para pessoas com Down.

Já existem curvas de crescimento para esta população, mas uma pesquisa realizada pelo grupo do pediatra Gil Guerra Júnior da Faculdade de Ciências Médicas da Universidade Estadual de Campinas (FCM-Unicamp) teve como objetivo medir o peso, a estatura, o perímetro cefálico e o índice de massa corporal (IMC) de 937 crianças e adolescentes, e usar os dados para desenvolver curvas de crescimento atualizadas e específicas para essa população no Brasil.

Os resultados foram apresentados em dois artigos científicos publicados neste ano. Essas curvas são ferramentas fundamentais para identificar desvios do crescimento considerado saudável.

Principais achados:

* Menor estatura quando comparados com crianças e adolescentes sem a síndrome, em todas as idades.

* Menor perímetro cefálico nos dois primeiros anos de vida.

* Menor peso corporal até os 15 meses de idades, mas depois engordam mais rapidamente e, dos 3 aos 18 anos, passam a apresentar IMC maior do que as crianças e os adolescentes sem a síndrome.

Uma das explicações para a restrição de crescimento e baixo peso nos primeiros dois anos de vida podem ser explicados pelas dificuldades de alimentação causada por redução do tônus muscular (hipotonia) ou por disfunções no sistema oral-motor, comuns na síndrome de Down.

Confira os artigos

 
 
 
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